Vídeo Completo – Síndrome do Túnel do Carpo
O que é Sindrome do Túnel do Carpo?
Bem, a síndrome do túnel do carpo é uma neuropatia compressiva, o que é isso? Nesta região do punho a gente têm os ossos que formam o assoalho (o chão) e um ligamento em cima, formando o chamado túnel do carpo, por onde passam nove tendões e um nervo nessa região do punho. Então, o que acontece, qualquer alteração que provoque o aumento do volume dentro desse túnel ou uma diminuição do tamanho desse canal, vai gerar uma compressão do nervo, e isso vai gerar a chamada síndrome do túnel do carpo.
O que causa a Síndrome do Túnel do Carpo?
Bem, na maioria das vezes, a síndrome do túnel do carpo tem origem desconhecida, ou seja, idiopática. Já se sabe que existem diversos fatores de risco associados a síndrome do túnel do carpo: a gente sabe que é sete vezes mais frequente em mulheres, existem períodos da vida da mulher que acontece com mais frequência, um desses períodos é a menopausa, justamente pela questão hormonal; doenças, como por exemplo diabetes geram também neuropatias; alterações na tireoide; atividades laborativas que exigem o uso intenso das mãos, como flexão exagerada dos punhos; então, são fatores que já se sabe que existe essa associação com a síndrome do túnel do carpo.
Quais são os sintomas da Síndrome do Túnel do Carpo?
Bem, o principal sintoma é a chamada parestesia noturna, o que é isso? Formigamento nas mãos, é a dormência que acontece mais frequentemente a noite. O paciente ainda, em fazes mais avançadas da doença, pode apresentar fraqueza das mãos (deixar objetos caírem das mãos), ter dificuldade de pra execução como, por exemplo, colocar uma linha no buraco de uma agulha, pregar um botão, segurar uma xícara, então são sintomas mais frequentes e, eventualmente também, dor (é um sintoma que acontece uma certa frequência).
Como é feito o diagnóstico da Síndrome do Túnel do Carpo?
O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é essencialmente clínico. Na grande maioria das vezes o conjunto de sinais e sintomas que o paciente apresenta é o suficiente para que a gente possa dar o diagnóstico. Existem testes clínicos que a gente executa no consultório, como teste de Tinel, teste de Phalen, que nos auxiliam justamente a história do paciente a fechar um diagnóstico. Exames complementares podem ser utilizados, mais frequentemente a gente utiliza a eletroneuromiografia ou a ultrassonografia também no auxílio do diagnóstico.
Qual o tratamento da Síndrome do Túnel do Carpo?
A síndrome do túnel do carpo pode ser tratada basicamente de duas maneiras (ou tratamento conservador ou tratamento cirúrgico). O que vai ditar a escolha do tratamento vai ser o estágio da doença, quanto mais precoce, quanto mais recente o diagnóstico e o status inicial da doença, mais simples é o tratamento. Então nas fazes iniciais o tratamento conservador a gente pode lançar mão do uso de órteses, anti-inflamatórios, infiltrações com corticoides e, eventualmente, fisioterapia também, e em fazes mais avançadas, no qual você já tem um comprometimento mais acentuado do nervo, a gente tem que lançar mão do tratamento cirúrgico (tratamento feito através de uma cirurgia, na qual é feita uma descompressão do nervo), essa cirurgia existem basicamente duas técnicas, que são: técnica aberta (clássica, convencional) ou uma técnica relativamente mais nova, que é a técnica endoscópica, na qual a gente faz a cirurgia com a incisão pequena (uma técnica minimamente invasiva) com excelentes resultados também.
Como é feita a prevenção da Síndrome do Túnel do Carpo?
Bem, a prevenção se dá normalmente com a questão postural. Em atividades, por exemplo, que exijam o uso intenso das mãos (como digitação), evitar digitação excessiva, atividades com flexão excessiva dos punhos, procurar um ambiente laborativo que você tenha uma posição ergonômica adequada, controle das doenças de base (então estar controlando a diabetes, as alterações da tireoide, a questão hormonal no climatério, na menopausa), e, na vigência de sintomas de formigamentos nas mãos, procurar precocemente um cirurgião de mão, porque, como dito anteriormente, a doença diagnosticada no inicio é mais simples, mais fácil de ser tratada e, consequentemente, a gente pode prevenir tratamentos mais complexos (como a cirurgia por exemplo).
Postado em: março 7th, 2015 | Categoria: Vídeos | 0 comentário(s)